quinta-feira, 28 de abril de 2011

começando a conhecer: Domingos Pellegrini

Domingos Pellegrini


Biografia de: Domingos Pellegrini


Domingos Pellegrini é escritor, jornalista e publicitário. Aventurou-se também na política, como secretário da Cultura de Londrina, cidade paranaense onde nasceu em 1949. As sementes de sua literatura vêm de longe. Viveu durante toda a infância escutando “causos” contados por mascates, peões da roça, caixeiros, viajantes, enfim, por pessoas de todos os tipos que freqüentavam o salão de barbeiro do seu pai e pensão administrada por sua mãe. Ao lado de muitas literaturas - Domingos disse uma vez que “ gostaria de ter nascido numa biblioteca, ao lado das enciclopédias” -, essas narrativas que marcaram sua infância influenciaram seu trabalho posterior. Tanto que ele mesmo, em vez de escritor, prefere se definir como contador de histórias. Depois de seu primeiro livro, “O Homem Vermelho” (1977), que ganhou o premio de Jabuti, escreveu mais de uma dezena de outros, entre coletâneas de contos, novelas e romances. No conjunto de sua obra, predominam os livros voltados para o publico infanto-juvenil, pelo qual Pellegrini tem um carinho especial. “ A língua com que escreve um livro é basicamente a mesma com que conto um caso para um amigo. Minha meta é escrever como quem fala a uma criança”, resume Pellegrini. Domingos Pellegrini começou a escrever seus livros com 14 anos de idade, quando ganhou de presente uma maquina de escrever do seu pai e agora ele usa um computador. Pellegrini ficou conhecido como o maior escritor do Paraná.


Crônica: Sopa de Macarrão

O filho olha emburrado o prato vazio, o pai pergunta se não está com fome. — Com fome eu to, não to é com vontade de comer comida de velho. Lá da cozinha a mãe diz que decretou ― De-cre-tei! — que ou ele come legumes e verduras, ou vai passar fome. — Não quero filho meu engordando agora para ter problemas de saúde depois. Só quer batata frita e carne, carne e batata frita! Ela vem com a travessa de bifes, o pai tira um, ela senta e tira o outro, o filho continua com o prato vazio. — Nos Estados Unidos — continua ela — um jornalista passou um mês comendo só fastfood, engordou mais de seis quilos! — E como é que ele agüentou um mês só comendo isso?! — perguntou o pai, o filho responde: — Porque é gostoso! — E pega com nojo uma folhinha de alface, põe no prato e fica olhando como se fosse um bicho. A mãe diz que é preciso ao menos experimentar para saber o que é ou não gostoso, e o pai diz que, quando era da idade dele, comia cenoura crua, pepino, manga verde com sal, comia até milho verde cru — E devorava o cozido de legumes da sua avó! E essa alface? Pra comer, é preciso botar na boca.. O filho enfia a alface na boca, mastiga fazendo careta, pega um bife, a mãe pula na cadeira, pega o bife de volta: — Não-senhor! Só com salada pra valer, arroz, feijão, tudo! — Ele continua olhando o prato vazio, até que resmunga: — Se vocês sempre comeram tão bem, como é que acabaram barrigudos assim? O pai diz que isso é da idade, o importante é ter saúde. — E você, se continuar comendo só fritura, carne, doce e refrigerante, na nossa idade vai pesar mais de cem quilos! — No Japão — resmunga ele — podia ser lutador de sumo e ganhar uma nota. — E no Natal — cantarola a mãe — vai ser Papai Noel né? E Rei Momo no carnaval... — Não tripudie — diz o pai. — Ele ainda vai comer de tudo. Quando eu era menino,detestava sopa. Aí um dia minha mãe fez sopa com macarrão de letrinhas, passei a gostar de sopa! O filho pergunta o que é macarrão de letrinhas, o pai explica. Ele põe na boca uma rodela de tomate, o pai e a mãe trocam um vitorioso olhar. O pai faz uma voz doce: — Está descobrindo que salada é gostoso, não está? — Não, peguei tomate para tirar da boca o gosto nojento de alface, mas acabo de descobrir que tomate também é nojento. — Mas catchup você come não é? Pois é feito de tomate! — E ele também não come ovo — emenda a mãe — mas come maionese, que é feita de ovo! O filho continua olhando o prato vazio. — Coma ao menos feijão com arroz — diz o pai. Ele pega uma colher de feijão, outra de arroz dizendo que viu um filme onde num campo de concentração só comiam assim pouquinho, só o suficiente pra sobreviver... Mastiga tristemente, até que o pai lhe bota o bife no prato de novo, mas a mãe retira novamente: — Ou salada ou nada! Sem chantagem sentimental! O pai come dolorosamente, a mãe come furiosamente, o filho olha o prato tristemente. Depois a mãe retira a comida, ele continua olhando a mesa vazia. Na cozinha, o pai sussurra para ela: — Mas ele comeu duas folhas de alface, não pode comer dois pedaços de bife?!... Ela diz que de jeito nenhum, desta vez é pra valer; então o pai vai ler o jornal, mas de passagem pelo filho, pergunta se ele não quer um sanduíche de bife — com salada, claro. Não, diz o filho, só quer saber de uma coisa da tal sopa de letras. O pai se anima: — Pergunte, pergunte! — Você podia escrever o que quisesse com as letras no prato? — Claro! Por que, o que você quer escrever? — Hambúrguer, maionese e catchup. É teimoso que nem o pai, diz a mãe. Teimoso é quem teima comigo, diz o pai. O filho vai para o quarto, só sai na hora da janta: sopa de macarrão. Então, vai escrevendo, e engolindo as palavras: escravidão, carrascos, nojo, e enfim escreve amor, o pai e mãe lacrimejam, mas ele explica: — Ainda não acabei, ta faltando letra pra escrever: amo rosbife com batata frita... Domingos Pellegrini – Crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Salamandra, 2005. P. (210-3.)


O que minha equipe entendeu:


O texto fala sobre a vida de um menino que não gostava de comer verduras e nem legumes, os pais dele faziam de tudo, mas toda vez que eles estavam indo se alimentar ele fazia careta, com isso a mãe dele proibiu ele de ficar comendo coisas gordurosas que só fazem mal a saúde. No entanto a mãe dele resolveu fazer uma sopa de macarrão, e o pai dele concordou, entretanto no começo o menino fez careta mais depois que ele provou ele acabou gostando da sopa, até brincou com as letrinhas de macarrão. O autor escreveu esse texto baseando na nossa realidade, pois ele quis alertar muitas pessoas, que não se alimentam direito. O autor é muito famoso, pois ele põe as suas idéias junto com a realidade, e isso faz com que as pessoas gostem do seu trabalho, e adoram ler os seus livros.


Nomes :

Graziele, Isabela, Maynara, Rafael Guilherme e Tainá

sábado, 16 de abril de 2011

Começando a conhecer - Carlos Drummond


Carlos Drummond de Andrade




Biografia de Carlos Drummond de Andrade




Nasceu em Minas Gerais, em uma cidade cuja memória viria a permear parte de sua obra, Itabira. Posteriormente, foi estudar em Belo Horizonte e Nova Friburgo com os Jesuítas no Colégio Anchieta. Pela insistência da família, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto, em 1925 profissão pela qual demonstrou pouco interesse. Com Emílio Moura e outros companheiros, fundou "A Revista", para divulgar o modernismo em Minas e no Brasil e onde publicou em 1928, o poema “No meio do caminho” que provocaria muito comentário.


No mesmo ano em que publica a primeira obra poética, "Alguma poesia" (1930), o seu poema Sentimental é declamado na conferência "Poesia Moderníssima do Brasil", feita no curso de férias da Faculdade de Letras de Coimbra, pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto, no contexto da política de difusão da literatura brasileira nas Universidades Portuguesas. Durante a maior parte da vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguindo até seu falecimento, que se deu em 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua única filha, a escritora Maria Julieta Drummond de Andrade. Além de poesia, produziu livros infantis, contos e crônicas.



Quando se diz que Drummond foi o primeiro grande poeta a se afirmar depois das estréias modernistas, não se está querendo dizer que Drummond seja um modernista. De fato herda a liberdade linguística, o verso livre, o metro livre, as temáticas cotidianas. Mas vai além. "A obra de Drummond alcança — como Fernando Pessoa ou Jorge de Lima, Herberto Helder ou Murilo Mendes — um coeficiente de solidão, que o desprende do próprio solo da História, levando o leitor a uma atitude livre de referências, ou de marcas ideológicas, ou prospectivas", afirma Alfredo Bosi (1994).



Começou a escrever cedo como, poesia, livros infantis, contos e crônicas, mas durante a maior parte da vida foi funcionário público, no Rio de Janeiro, onde foi morar.



Várias obras de Drummond foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas.

Dentre suas horas poéticas mais importantes destacam-se: Brejo das Almas, Sentimento do Mundo, José, Lição de Coisas, Viola de Bolso, Claro Enigma, Fazendeiro do Ar, A Vida Passada a Limpo e Novos Poemas Os principais temas retratados nas poesias de Drummond são: conflito social, a família e os amigos, a existência humana, a visão sarcástica do mundo e das pessoas e as lembranças da terra nata
l.


Organiza o Natal


Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.


Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.


Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso. A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.


A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.

A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.


Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma palavra será descoberta no dicionário: p
az.


O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.


Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.


A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.


O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.

E será Natal para sempre.




Ah! Seria ótimo se os sonhos do poeta se transformassem em realidade.




(Carlos Drummond de Andrade)




Texto extraído do livro "Cadeira de Balanço", Livraria José Olympio Editora -Rio de Janeiro, 1972, pág. 52.

Fontes:
http://pensador.uol.com.br/frase/MTgwNjU2/
http://www.culturabrasil.pro.br/cda.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Drummond_de_Andrade


Minha equipe entendeu que:

Pelo texto podemos entender sobre como seria se bom todo dia fosse Natal, como seria bom se todos os dias as pessoas deixassem um pouco as coisas de lado e se ligassem em apenas uma coisa: no amor.Como seria bom se todo dias as pessoas se cumprimentassem felizes, amando uns aos outros e se amando,sem preocupações ,sem tristeza, ódio ou algum sentimento do tipo.Carlos Drummond de Andrade conta isso, como essas coisas seriam boas e como esse sonho poderia se realizar algum dia.

Jéssica Nº 13, Sara Nº 29, Maisa Nº 21, Thamires Nº 33, Leticia Nº 18

sexta-feira, 15 de abril de 2011


COMEÇANDO A CONHECER Fernando Sabino

Fernando Sabino

Fernando Sabino

(Cronista e escritor mineiro)
12/10/1923 - Belo Horizonte (MG)
11/10/2004 - Rio de Janeiro (RJ)

Nascido em Belo Horizonte no dia 12 de outubro de 1923, o escritor e cronista Fernando Tavares Sabino era o último vivo do quarteto mineiro de escritores integrado por Hélio Pellegrino (1924-88), Otto Lara Resende (1922-92) e Paulo Mendes Campos (1922-91). Essa amizade inspirou Sabino a escrever "O Encontro Marcado" (1956), seu livro de maior sucesso.

Além de "O Encontro Marcado", suas principais obras foram "O Homem Nu" (1960), "O Menino no Espelho" (1982) e "O Grande Mentecapto" (1979), que deu a Sabino o Prêmio Jabuti.

Aos 17 anos, ao decidir ser gramático, escreveu uma crítica sobre o dicionário de Laudelino Freire no jornal "Mensagem", e publicou também artigos literários em "O Diário", ambos em Minas Gerais.

No início da década de 1940, começou a cursar a Faculdade de Direito e ingressou no jornalismo como redator da "Folha de Minas". Seu primeiro livro de contos, "Os Grilos não Cantam Mais", foi publicado em 1941, no Rio. Nesse mesmo ano, torna-se colaborador do jornal literário "Dom Casmurro", da revista "Vamos Ler" e do "Anuário Brasileiro de Literatura".

Em 1942, começa a trabalhar na Secretaria de Finanças de Minas Gerais e leciona português no Instituto Padre Machado, nas horas vagas. No ano seguinte, é nomeado oficial de gabinete do secretário de Agricultura do Estado.

Em 1944, muda-se para o Rio de Janeiro e torna-se colaborador regular do jornal "Correio da Manhã", do Rio, onde conhece Vinicius de Moraes, de quem se tornaria amigo. Na então capital do país, Sabino assume o cargo de oficial do Registro de Interdições e Tutelas da Justiça.

Depois de se formar em Direito na Faculdade Federal do Rio de Janeiro em 1946, licencia-se do cargo que exerce na Justiça e viaja com Vinicius de Moraes aos Estados Unidos, morando por dois anos em Nova York, onde trabalha no Escritório Comercial do Brasil e no Consulado Brasileiro.

Em 1947, envia crônicas para serem publicadas em jornais como "Diário Carioca" e "O Jornal", do Rio, que são reproduzidas em vários veículos do Brasil. Começa a produzir os livros "Ponto de Partida" e "Movimentos Simulados" que, apesar de não serem concluídos, serão aproveitados em "O Encontro Marcado".

Depois de voltar ao Brasil no ano seguinte, continua a colaborar com crônicas e artigos para jornais e revistas do país e publica "A Cidade Vazia" e "A Vida Real".

"O Encontro Marcado", uma de suas obras mais conhecidas, é lançada em 1956, ganhando edições até no exterior, além de ser adaptada para o teatro.

Sabino decide, em 1957, viver exclusivamente com escritor e jornalista depois de pedir exoneração do cargo de escrivão. Inicia uma produção diária de crônicas para o "Jornal do Brasil", escrevendo mensalmente também para a revista "Senhor".

Em 1960, o escritor publica o livro "O Homem Nu" na Editora do Autor, fundada por ele, Rubem Braga e Walter Acosta. Publica, em 1962, "A Mulher do Vizinho", que recebe o Prêmio Cinaglia do Pen Club do Brasil.

É contratado, em 1964, durante o governo João Goulart, para exercer as funções de Adido Cultural junto à Embaixada do Brasil em Londres.

Em 1966, faz a cobertura da Copa do Mundo de Futebol para o "Jornal do Brasil". Depois de desfazer a sociedade na Editora do Autor, funda, em 1967, em conjunto com Rubem Braga, a Editora Sabiá, onde publica livros de Vinicius de Moraes, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Clarice Lispector, entre outros.

Entre final dos anos 60 e início dos 70, viaja para diversas partes do mundo como correspondente de veículos brasileiros, produzindo reportagens sobre países como Alemanha, Portugal, Itália, França, Inglaterra, Estados Unidos e Argentina.

Termina o romance "O Grande Mentecapto" em 1979, iniciado mais de 30 anos antes. A obra, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti, acabaria sendo adaptada para o cinema e o teatro anos depois.

Em 1991, lançou o livro "Zélia, uma Paixão", biografia autorizada de Zélia Cardoso de Mello, ministra da Economia do governo Fernando Collor (1990-92), trabalho que o autor se recusava a comentar. Acreditava ter sido vítima de hostilidade por causa dele.

Em julho de 1999, recebe da Academia Brasileira de Letras o prêmio "Machado de Assis" pelo conjunto de sua obra.

Publica em 2004 o romance "Os Movimentos Simulados", da editora Record, totalizando uma produção literária de mais de quatro dezenas de obras em 80 anos de vida.

Um dia antes de completar 81 anos, morre no dia 11 de outubro de 2004 vítima de câncer no fígado. O escritor lutava contra a doença desde 2002.

O corpo de Sabino foi sepultado ao som de canções de jazz, tradicionais em funerais de Nova Orleans (EUA), na manhã do dia 12 de outubro, no cemitério São João Baptista, em Botafogo, zona sul do Rio.


A Última Crônica


Fernando Sabino




A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café
junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.


A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou
do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência,
que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao
episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de
esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico,
torno-me simples espectador e perco a noção do essencial.
Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o
verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último
poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar
fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.


Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de
sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha
de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas
curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres
esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da
família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam
para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro
que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom,
inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um
pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando
imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta
para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a
reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu
lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho -- um bolo
simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia
triangular.

A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente.
Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e
filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os
observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta
caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola,
o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto
ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra
com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa.
A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas
e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura --
ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de
bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim,
satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da
celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se
encontram, ele se perturba, constrangido -- vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se
abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura
como esse sorriso.


Texto extraído do livro "A Companheira de Viagem", Editora
do Autor - Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.

Endereços:

http://intervox.ufrj.br/~jobis/s-ult.html

http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_976.html

Texto conclusivo

Bom, após a leitura de texto de Fernando Sabino, concluímos que, após a entrada dele num botequim ele começa a refletir sobre suas metas, o que ele deseja em mais um ano de vida, ou seja que gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano na busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um, e fala também que pretende apenas recolher da vida vida diária algo de seu disperso conteúdo, ou seja a cada dia que passa ele pretende extrair, observar, anotar algo do cotidiano de alguém, e nesse texto ele retrata, um ritual muito comum em nosso cotidiano é um ritual que se chama aniversário, onde o aniversariante comemora o dia em que fica mais velho.

O autor Fernando Sabino é detalhista e observador,

Nome: Rafael Nunes numero: 28

Nome:Gabriel numero:9

Nome:Jonhatan Augusto numero:

Nome: ygor numero:34

Nome: maik numero:

sexta-feira, 8 de abril de 2011

COMEÇANDO A CONHECER Moacyr Scliar

Moacyr Scliar


Biografia de Moacyr Scliar



Nome: Moacyr Scliar


Nascimento:23/03/1937


Natural: Porto Alegre – RS


"Acredito, sim, em inspiração, não como uma coisa que vem de fora, que "baixa" no escritor, mas simplesmente como o resultado de uma peculiar introspecção que permite ao escritor acessar histórias que já se encontram em embrião no seu próprio inconsciente e que costumam aparecer sob outras formas — o sonho, por exemplo. Mas só inspiração não é suficiente".


Moacyr Jaime Scliar nasceu em Porto Alegre (RS), no Bom Fim, bairro que até hoje reúne a comunidade judaica, a 23 de março de 1937, filho de José e Sara Scliar. Sua mãe, professora primária, foi quem o alfabetizou. Cursou, a partir de 1943, a Escola de Educação e Cultura, daquela cidade, conhecida como Colégio Iídiche. Transferiu-se, em 1948, para o Colégio Rosário, uma escola católica.


Em 1955, passou a cursar a faculdade de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (RS), onde se formou em 1962. Em 1963, inicia sua vida como médico, fazendo residência em clínica médica. Trabalhou junto ao Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência (SAMDU), daquela capital.


Publica seu primeiro livro, “Histórias de um Médico em Formação”, em 1962. A partir daí, não parou mais. São mais de 67 livros abrangendo o romance, a crônica, o conto, a literatura infantil, o ensaio, pelos quais recebeu inúmeros prêmios literários. Sua obra é marcada pelo flerte com o imaginário fantástico e pela investigação da tradição judaico-cristã. Algumas delas foram publicadas na Inglaterra, Rússia, República Tcheca, Eslováquia, Suécia, Noruega, França, Alemanha, Israel,Estados Unidos,Holanda e Espanha e em Portugal, entre outros países.


Em 1965, casa-se com Judith Vivien Oliven.Em1968,publica o livro de contos "O Carnaval dos Animais",que o autor considera de fato sua primeira obra.


Especializa-se no campo da saúde pública como médico sanitarista. Inicia os trabalhos nessa área em 1969.


Em 1970, freqüenta curso de pós-graduação em medicina em Israel, sendo aprovado. Posteriormente, torna-se doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública. Seu filho, Roberto, nasce em 1979.A convite, torna-se professor visitante na Brown University (Departament of Portuguese and Brazilian Studies), em 1993, e na Universidade do Texas, em Austin.Colabora com diversos dos principais meios de comunicação da mídia impressa (Folha de São Paulo e Zero Hora). Alguns de seus textos foram adaptados para o cinema, teatro e tevê.Nos anos de 1993 e 1997, vai aos EUA como professor visitante no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros da Brown University.


Em 31 de julho de 2003 foi eleito, por 35 dos 36 acadêmicos com direito a voto, para a Academia Brasileira de Letras, na cadeira nº 31, ocupada até março de 2003 por Geraldo França de Lima. Tomou posse em 22 de outubro daquele ano, sendo recebido pelo poeta gaúcho Carlos Nejar.



http://charlesmagalhaesdedeco.blogspot.com/2010/10/biografia-e-bibliografia-de-moacyr.html


Os Terroristas



Era um professor duro, exigente e implacável. As provas eram feitas sem aviso prévio.Todos os trabalhos valiam nota e eram corrigidos segundo os critérios mais rigorosos.Resultado:no fim do ano quase todos os alunos estavam à beira da reprovação.As notas que ele anotava cuidadosamente no livro de chamada era as mais baixas possíveis.O que fazer?.Reuniam-se todos os dias no bar em frente ao colégio, para discutir a situação, mas nada lhes ocorria.Até que um deles teve uma idéia brilhante.O livro de chamada.A solução estava ali:tinham de se apossar do livro de chamada e mudar as notas.Um 0 poderia se transformar em 8.Um 1 poderia virar 7 ( ou 10,dependendo do grau de ambição).


O problema era pegar o livro, que o professor não largava nunca, nem mesmo para ir ao banheiro . Aparentemente só uma catástrofe poderia separá-los.


Recorreram,pois, a catástrofe.Um dos alunos telefonou do orelhão em frente ao colégio, avisando que havia um principio de incêndio na casa do professor.Avisado, o pobre homem saiu correndo da sala de aula, deixando sobre a mesa o famigerado livro de presenças.


Acreditareis se eu disser que ninguém tocou no livro?.Ninguém tocou no livro.Os rapazes se olhavam,mas nenhum deles tomou a iniciativa de mudar as notas.Às vezes a consciência pesa mais que a ameaça da reprovação.



http://zeferino500.spaces.live.com/blog/cns!3EC4D8B2A2157D16!458.entry




Minha equipe entendeu:


Que tudo que agente tem, temos que conseguir lutando e não sacaneando ninguem com atos de mal gosto.



Texto Conclusivo



O texto conta a história de um professor muito rígido que não tinha dó de seus alunos e tudo que ele passava valia nota e esta nota era anotada em seu livro de chamadas, que ele nunca largava.


Até que um dia um dos alunos tiveram uma ótima idéia, pegar o livro do professor. Mas tinha uma coisa: ele nunca largava aquele livro. Até para o banheiro ele levava.


Os alunos se reuniram e combinaram que ia ligar pra o professor falando que sua casa estava pegando fogo,mas ninguém tocou no livro, pois ficaram com a consciência pesada por terem falado aquilo pra o professor .



Luiz Gustavo Nº19 Alan Nº1 Mariana Nº 22 Hamyne Nº 11
Imagem de Dalton Trevisan

Uma Vela para Dario (Dalton Trevisan)



Uma Vela para Dario- de Dalton Trevisan

Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque. Ele reclinou-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado.O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar.Abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta.Quando lhe retiraram os sapatos, Dario roncou feio e bolhas de espumas surgiram no canto da boca. Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não o pudesse ver.Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram despertadas e de pijama acudiram à janela.O senhor gordo repetia que Dario sentara-se na calçada,soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guarda-chuva na parede.Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado. A velinha de cabeça grisalha gritou que ele estava morrendo. Um grupo o arrastou para o taxi da esquina. Já no carro a metade do corpo,protestou o motorista: -Quem pagaria a corrida? Concordaram chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado á parede-não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata. Alguém informou da farmácia na outra rua.Não carregaram Dario além da esquina;a farmácia no fim do quarteirão e, além do mais, muito pesado.Foi largado na porta de uma peixaria.Enxame de moscas lhe cobriu o rosto,sem que fizesse um gesto para espantá-las. Ocupado o café próximo pelas pessoas que vieram apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delícias da noite. Dario ficou torto como o deixaram,no degrau da peixaria, sem relógio de pulso.Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os papéis, retirados- com vários objetos- de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca.Ficaram sabendo do nome, idade; sinal de nascença.O endereço na carteira era de outra cidade .Registrou-se correria de mais de duzentos curiosos que, a essa hora, ocupavam toda a rua e as calçadas:era a polícia.O carro negro investiu a multidão.Várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes. O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo – os bolsos vazios.Restava a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio quando vivo- só podia destacar umedecida com sabonete.Ficou decidido que o caso era com o rabecão.A última boca repetiu – Ele morreu, ele morreu.A gente começou a se dispersar.Dario levara duas horas para morrer, ninguém acreditou que estivesse no fim.Agora, aos que podiam vê-lo, tinha todo ar de um defunto. Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça. Cruzou as suas mãos no peito. Não pôde fechar os olhos nem a boca, onde a espuma tinha desaparecido. Apenas alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos. Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acendeu ao lado do cadáver. Parecia morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva. Fecharam-se uma a um as janelas e, três horas depois, lá estava Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha queimado até a metade e apagou-se às primeiras gotas da chuva, que voltava a cair.


Texto extraído do livro “vinte Contos Menores”, Editora Record – rio de Janeiro, 1979, pág.20.Este texto faz parte dos 100 melhores contos brasileiros do século,seleção de Ítalo Moriconi para a Editora Objetiva.


Biografia de Dalton Trevisan

Nascido em 14 de junho de 1925, o curitibano Dalton Jérson Trevisan sempre foi enigmático. Antes de chegar ao grande público, quando ainda era estudante de Direito, costumava lança seus contos em modestíssimos folhetos. Em 1925 estreou-se com um livro de qualidade incomum, Sonata ao luar, e, no ano seguinte, publico Sete Anos de Pastor. Dalton renega os dois. Declara não possuir um exemplar sequer dos livros e “Felizmente já esqueci aquela barbaridade”. Entre 1946 e 1948, editou a revista Joaquim, “uma homenagem a todos os Joaquins do Brasil”. A publicação tornou-se porta-voz de uma geração de escritores, críticos e poetas nacionais. Reunia ensaios assinados por Antonio Candido, Mario de Andrade e Otto Mario Carpeaux e poema até então inéditos, como Ocaso do vestido, de Carlos Drummond de Andrade. Além disso, trazia traduções originais de Joyce, Proust, Kafka, Sartre e Gide e era ilustrada por artista como Poty, Di Cavalcanti e Heitor dos Prazeres. Já nessa época, Trevisan era avesso a fotografias e jamais dava entrevistas. Em 1959, lançou o livro Novelas Nada Exemplares – que reunia uma produção de duas décadas e recebeu o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do livro – e conquistou o grande público. Acresce informar que o escritor, arisco, água, esquivo, não foi buscar o prêmio, enviando representantes. Escreveu, entre outros, Cemitério de elefantes, também ganhador do Jabuti e do Prêmio Fernando Chinaglia, da União Brasileira dos Escritores, Noites de Amor em Granada e Morte na praça, que recebeu o Prêmio Luis Cláudio de Sousa, do Pen Club do Brasil. Guerra conjugal, um de seus livros, foi transformado em filme em 1975. Suas obras foram traduzidas para diversos idiomas: espanhol, inglês, alemão, italiano, polonês e sueco. Dedicando-se exclusivamente ao conto (só teve um romance publicado: “A Polaquinha”), Dalton Trevisan acabou se tornando o maior mestre brasileiro no gênero. Em 1996, recebeu o Prêmio Ministério da Cultura de Literatura pelo conjunto de obra. Mas Trevisan continua recusando a fama. Cria uma atmosfera de suspense em torno de seu nome que o transforma num enigmático personagem. Não cede o número do telefone, assina apenas “D. Trevis” e não recebe visitas – nem mesmo de artistas consagrados. Enclausura-se em casa de tal forma que mereceu o apelido de O Vampiro de Curitiba, título de um de seus livros. “o ’’Nélsinho” dos contos originalíssimos é considerado desde há muito “o maior contista moderno do Brasil por três quartos da melhor crítica atuante”. Incorrigível arredio, há bem mais de 35 anos, com um prestígio incomum as maiores capitais do País. Trabalhador incansável, fidelíssimo ao conto, elabora até a exaustão e a economia mais absoluta, formiguinha, chuvinha renitente e criadeira, a ponto de chegar ao tamanho do haicai, Dalton Trevisan insiste ontem, hoje, em Curitiba e trabalhando sobre a gentes curitibanas (“curitibocas”,vergasta- as com chibata impiedosa) e prossegue,com independência solene e temperamento singular, na construção e dissecação da supera-realidade de luas, crianças, amantes, velhos, cachorros e vampiros. “E polaquinhas, deveras.” Em 2003, divide com Bernardo Carvalho o maior prêmio literário do país – o 1 Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira - com o livro “Pico na Veia”.



LIVROS PUBLICADOS:

- Abismo de rosas - Ah, É? - A faca no Coração - A guerra Conjugal - A Polaqui00nha - Arara Bêbada - A Trombeta do Anjo Vingador - 111 Ais - Capitu Sou Eu - Cemitério de Elefantes - Chorinho Brejeiro - Contos Eróticos - Crimes de Paixão - Dinorá - Novos Mistérios - Desastres do Amor - 234 - Em Busca de Curitiba Perdida - Essas Malditas Mulheres - Gente Em Conflito (com Antônio de Alcâtara Machado) - Lincha Tarado - Meu Querido Assassino - Morte na Praça - Mistérios de Curitiba - Noites de Amor em Granada - Novelas nada Exemplares - 99 Corruíras Nanicas - O Grande Deflorador - O Pássaro de Cinco Asas - O Rei da Terra - O Vampiro de Curitiba - Pão e Sangue - Pico na veia - Primeiro Livro de Contos - Quem tem medo de vampe



Conclusão Dalton Trevisan era um escritor que nos fala e tenta expressar as realidades que muitas pessoas desconhecem. Na crônica ele tenta nos mostrar que existem pessoas ruins que só querem fazer o mal e também existem pessoas que querem ajudar outras pessoas por que gostam de fazer o bem. Eu acho que Dalton deve ter vivido, visto ou ouvido coisas muito ruins.Ele deve ter chorado muito quando criança por isso ele revela tudo em seus livros. Ao lermos nós ficamos sabendo do que aconteceu ou acontece nos dias de hoje, que muitos políticos e polícias escondem ou acobertam crimes e bandidos. Mas mesmo com tudo isso,ainda existe uma boa parte de pessoas boas e políticos bons, que ainda insistem em ajudar e lutar para acabar com a corrupção e ter uma vida digna. Conclusão da crônica de Dalton Trevisan – "Uma Vela para Dario"


Bibliografia: Texto extraído do livro “vinte Contos Menores”, Editora Record – rio de Janeiro, 1979, pág.20.Este texto faz parte dos 100 melhores contos brasileiros do século,seleção de Ítalo Moriconi para a Editora Objetiva