










Após a explicação do trabalho o professor pediu para que a turma se dividisse em grupos de 4 pessoas, onde foi entregue para cada grupo um texto de um livro ou uma revista;
Enquanto um aluno de cada grupo lia o texto os outros faziam anotações;
Dessas anotações os alunos tiveram que formular 10 perguntas em seu caderno;
Em seguida os grupos fizeram uma ilustração sobre o texto lido, que foi colada no caderno;
Os alunos tiveram que apresentar oralmente o que aprenderam para a turma;
Escreveram uma produção de texto em forma de reportagem ou esquete, utilizando os pontos principais do texto;
Depois de dividir a equipe em âncora de jornal, repórter e entrevistados ou em papéis de acordo com a história lida, o grupo se apresentou para a sala em forma de um jornal, ou representando uma parte do texto lido.
Segue abaixo os pontos do trabalho:
1. Ler o texto e fazer anotações;
2. Formular 10 perguntas sobre o assunto, com respostas;
3. Fazer uma ilustração colorida no caderno de produção;
4. Preparar uma explanação oral que será feita para a turma toda;
5. Escrever uma produção (reportagem) ou esquete, utilizando os pontos principais do texto;
6. Dividir a equipe em:
Âncora do jornal
Repórter
Entrevistados e/ou apresentadores (especialistas) ou em papéis de atores conforme a história lida.
7. Treinar e apresentar para a turma.
Nome: Maísa Silva dos Santos Nº: 21
Nome: Mariana Cristina Nº: 22
Nome: Thaís Aparecida Nº: 32
A Cartomante
Jornal Novo Mundo
Apresentadora – Marina Santos (Maísa)
Repórter – Yasmin Alves (Mariana)
Especialista – Nicole Lopes (Thaís)
Marina Santos – Boa noite ! Meu nome é Marina Santos e está no ar o Jornal Novo Mundo.Estamos começando o programa de hoje com uma notícia que abalou a sociedade ! Homem após ser traído pela mulher com seu melhor amigo o mata tendo assim um trágico fim.Vamos ao vivo com a repórter Yasmin Alves,entrevistando uma especialista do assunto.
Yasmin Alves – Boa noite Marina ! A nossa história começa quando Rita trai seu marido Vilela com seu melhor amigo Camilo,Vilela ao descobrir a traição,resolveu se vingar de Rita e Camilo.Vilela atrai Camilo,seu melhor amigo,até sua casa dizendo-lhe apenas que quer conversar.Chegando a residência Camilo vê Rita estirada no chão com um tiro no peito,em seguida Vilela atira em Camilo no peito morre no local.
Agora estamos aqui com uma especialista em comportamentos humanos.Nicole Lopes.
Yasmin Alves – Boa noite,Nicole !
Nicole Lopes – Boa noite !
Yasmin Alves – O que leva uma mulher a trair seu marido ?
Nicole Lopes – Quando ela está insatisfeita com seu casamento.
Yasmin Alves – Mais como ela escolhe o parceiro ?
Nicole Lopes – Depende.Normalmente são homens também casados que estão insatisfeitos com o casamento ou até mesmo os melhores amigos de seu marido.
Yasmin Alves – Mas qual é a reação do marido ao descobrir? São sempre as mesma ?
Nicole Lopes – Não.Sempre tem Mario que entende a mulher. Mas é raro.Eles querem matar os dois,normalmente perseguem só os homens com quem as mulheres traíram.
Yasmin Alves – Mas esses homens tem problemas mentais ?
Nicole Lopes – Não. Eles apenas ficam com raiva de suas esposas,pelo seu comportamento.
Yasmin Alves – Muito obrigada Nicole por sua entrevista.Boa noite ! É com você Marina.
Marina Santos – Obrigada ! Essa foi Yasmin Alves com a especialista Nicole Lopes com o temo traição.Boa noite,fique com a nossa programação local e até amanhã.
Nomes; Graziele, Jessica, Sara, Taymara números: 10, 13, 29,30.
Série: 9ºano A data 23/05/2011.
Dados: revista veja edição 990.
Titulo: O adeus do poeta, 26 de agosto1987.
Autor: Carlos Drummond de Andrade
Pág.: 76 a 85
Falas: Sara (Âncora)
Taymara (Repórter)
Jéssica (entrevistada)
Graziele (entrevistada)
Jornal Fique Ligado
Âncora Sara (Sara) Bom dia ! estamos aqui mais uma vez com o jornal ''Fique ligado'' e hoje fazendo a cobertura completa da morte de Carlos Drummond de Andrade, um grande escritor que nasceu
em 1902 na cidade Itabira (Minas Gerais) que acaba de falecer aos 85 anos 12 dias depois a morte de sua filha Maria Julieta. E agora vamos falar com a Repórter Taymara que tem mais informações sobre este grande escritor.
Taymara
Repórter Taymara (Taymara) Bom dia, Sara ! Estou aqui com a Jessica e a Graziele e agora vamos conversar um pouco com elas.
Vocês eram muito próximas de Drummond não é mesmo!
Jessica quem foi Carlos Drummond de Andrade!
Como ele era ?
Entrevistada Jéssica (Jéssica) Bom, Drummond era um grande escritor,um grande gênio,considerado um mestre na literatura brasileira,seus livros,poesias e crônicas,
falando de coisas do nosso cotidiano.Ele era muito retraído e tímido não gostava de se expor, mas tendo livros tão brilhantes ficava difícil passar por despercebido.
Reporter Taymara (Taymara) E para você Graziele ?
Entrevistada Graziele (Graziele) E ele também foi jornalista,professor de Português e de geografia,diretor do jornal Tribuna Popular em (Minas Gerais) foi farmacêutico mas não exerceu a profissão e se aposentou como funcionário público.
Repórter Taymara (Taymara) Graziele qual era a visão de Drummond sobre a política.
Entrevistada Graziele (Graziele) Bom, Drummond não apoiava o nazismo. Tanto que em seus poemas eram baseados na 2°guerra Mundial, Ele era comunista.
Repórter Taymara (Taymara)
Jéssica como nós sabemos Drummond era muito apegado com sua filha Maria Julieta!
Como era o relacionamento de Drummond com a sua filha
Entrevistada Jéssica (Jéssica) Bom Drummond tinha um relacionamento muito bonito com sua filha, eles eram muito próximos um do outro e sempre se apoiavam. Os dois tinham problemas de saúde, mas sempre um estava do lado do outro.
Repórter Taymara (Taymara) Isto é tudo pessoal voltamos ao estúdio. Sara!
Âncora Sara (Sara) em qualquer instante voltamos com mais noticia seguiremos com a nossa programação local
Tchau.
Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época. Nascido no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, de uma família pobre, mal estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade. Os biógrafos notam que, interessado pela boemia e pela corte, lutou para subir socialmente abastecendo-se de superioridade intelectual. Para isso, assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e conseguindo precoce notoriedade em jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas. Em sua maturidade, reunido a colegas próximos, fundou e foi o primeiro presidente unânime da Academia Brasileira de Letras. Em seu tempo de vida, alcançou relativa fama e prestígio pelo Brasil, contudo não desfrutou de popularidade exterior na época. Hoje em dia, por sua inovação e audácia em temas precoces, é frequentemente visto como o escritor brasileiro de produção sem precedentes, de modo que, recentemente, seu nome e sua obra têm alcançado diversos críticos, estudiosos e admiradores do mundo inteiro. Machado de Assis é considerado um dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camões.
Um Apólogo
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.
Johannes Gutenberg
Bíblia de Gutenberg
Johannes Gutenberg nasceu na cidade de mainz em 1398. Além de ter obtido sucesso na ourivesaria ( fundição de ouro e prata), ele ficou famoso por inventar a prensa móvel, que proporcionava a divulgação e cópia de livros e jornais muito mais rápido, ou seja, Gutenberg conseguiu revolucionar.
Gutenberg era filho de Friele Gensfleisch zur Laden e sua esposa Else Wyrich que era filha de um comerciante. O pai de Gutenberg trabalhou na casa da moeda, isso justifica o conhecimento de Gutenberg sobre a ourivesaria.
Além de ter sucesso na ourivesaria o Gutenberg também tinha o gosto pela leitura, sendo assim, leu todos os livros de seu pai, lembrando que naquela época, os livros eram demasiadamente caros, eram escritos á mão e demoravam muito tempo para serem feitos.
Gutenberg foi o inventor da impressão móvel e também o primeiro europeu a usar a impressão tipográfica, por volta de 1439, mas sua grande obra usando a impressão móvel, foi quando ele imprimiu a Bíblia, ele começou a imprimi-las em 1450 e só terminou em 1455, 5 anos depois de ter começado.
Acredita-se que ele imprimiu 180 cópias da Bíblia, nem todas iguais, muitas tinham detalhes lindos feitos á mão por Gutenberg.
Gutenberg faleceu em 3 de fevereiro de 1468 e é lembrado até hoje por sua invenção.
nome: Rafael nunes da silva
numero: 28
Nasceu em Minas Gerais, em uma cidade cuja memória viria a permear parte de sua obra, Itabira. Posteriormente, foi estudar em Belo Horizonte e Nova Friburgo com os Jesuítas no Colégio Anchieta. Pela insistência da família, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto, em 1925 profissão pela qual demonstrou pouco interesse. Com Emílio Moura e outros companheiros, fundou "A Revista", para divulgar o modernismo em Minas e no Brasil e onde publicou em 1928, o poema “No meio do caminho” que provocaria muito comentário.
No mesmo ano em que publica a primeira obra poética, "Alguma poesia" (1930), o seu poema Sentimental é declamado na conferência "Poesia Moderníssima do Brasil", feita no curso de férias da Faculdade de Letras de Coimbra, pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto, no contexto da política de difusão da literatura brasileira nas Universidades Portuguesas. Durante a maior parte da vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguindo até seu falecimento, que se deu em 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua única filha, a escritora Maria Julieta Drummond de Andrade. Além de poesia, produziu livros infantis, contos e crônicas.
Quando se diz que Drummond foi o primeiro grande poeta a se afirmar depois das estréias modernistas, não se está querendo dizer que Drummond seja um modernista. De fato herda a liberdade linguística, o verso livre, o metro livre, as temáticas cotidianas. Mas vai além. "A obra de Drummond alcança — como Fernando Pessoa ou Jorge de Lima, Herberto Helder ou Murilo Mendes — um coeficiente de solidão, que o desprende do próprio solo da História, levando o leitor a uma atitude livre de referências, ou de marcas ideológicas, ou prospectivas", afirma Alfredo Bosi (1994).
Começou a escrever cedo como, poesia, livros infantis, contos e crônicas, mas durante a maior parte da vida foi funcionário público, no Rio de Janeiro, onde foi morar.
Várias obras de Drummond foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas.
Dentre suas horas poéticas mais importantes destacam-se: Brejo das Almas, Sentimento do Mundo, José, Lição de Coisas, Viola de Bolso, Claro Enigma, Fazendeiro do Ar, A Vida Passada a Limpo e Novos Poemas Os principais temas retratados nas poesias de Drummond são: conflito social, a família e os amigos, a existência humana, a visão sarcástica do mundo e das pessoas e as lembranças da terra natal.
Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.
Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso. A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.
A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.
A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.
Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.
O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.
Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.
A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.
O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.
E será Natal para sempre.
Ah! Seria ótimo se os sonhos do poeta se transformassem em realidade.
(Carlos Drummond de Andrade)
Texto extraído do livro "Cadeira de Balanço", Livraria José Olympio Editora -Rio de Janeiro, 1972, pág. 52.
Minha equipe entendeu que:
Pelo texto podemos entender sobre como seria se bom todo dia fosse Natal, como seria bom se todos os dias as pessoas deixassem um pouco as coisas de lado e se ligassem em apenas uma coisa: no amor.Como seria bom se todo dias as pessoas se cumprimentassem felizes, amando uns aos outros e se amando,sem preocupações ,sem tristeza, ódio ou algum sentimento do tipo.Carlos Drummond de Andrade conta isso, como essas coisas seriam boas e como esse sonho poderia se realizar algum dia.
Jéssica Nº 13, Sara Nº 29, Maisa Nº 21, Thamires Nº 33, Leticia Nº 18
COMEÇANDO A CONHECER Fernando Sabino
Fernando Sabino
Fernando Sabino
(Cronista e escritor mineiro)
12/10/1923 - Belo Horizonte (MG)
11/10/2004 - Rio de Janeiro (RJ)
Nascido em Belo Horizonte no dia 12 de outubro de 1923, o escritor e cronista Fernando Tavares Sabino era o último vivo do quarteto mineiro de escritores integrado por Hélio Pellegrino (1924-88), Otto Lara Resende (1922-92) e Paulo Mendes Campos (1922-91). Essa amizade inspirou Sabino a escrever "O Encontro Marcado" (1956), seu livro de maior sucesso.
Além de "O Encontro Marcado", suas principais obras foram "O Homem Nu" (1960), "O Menino no Espelho" (1982) e "O Grande Mentecapto" (1979), que deu a Sabino o Prêmio Jabuti.
Aos 17 anos, ao decidir ser gramático, escreveu uma crítica sobre o dicionário de Laudelino Freire no jornal "Mensagem", e publicou também artigos literários em "O Diário", ambos em Minas Gerais.
No início da década de 1940, começou a cursar a Faculdade de Direito e ingressou no jornalismo como redator da "Folha de Minas". Seu primeiro livro de contos, "Os Grilos não Cantam Mais", foi publicado em 1941, no Rio. Nesse mesmo ano, torna-se colaborador do jornal literário "Dom Casmurro", da revista "Vamos Ler" e do "Anuário Brasileiro de Literatura".
Em 1942, começa a trabalhar na Secretaria de Finanças de Minas Gerais e leciona português no Instituto Padre Machado, nas horas vagas. No ano seguinte, é nomeado oficial de gabinete do secretário de Agricultura do Estado.
Em 1944, muda-se para o Rio de Janeiro e torna-se colaborador regular do jornal "Correio da Manhã", do Rio, onde conhece Vinicius de Moraes, de quem se tornaria amigo. Na então capital do país, Sabino assume o cargo de oficial do Registro de Interdições e Tutelas da Justiça.
Depois de se formar em Direito na Faculdade Federal do Rio de Janeiro em 1946, licencia-se do cargo que exerce na Justiça e viaja com Vinicius de Moraes aos Estados Unidos, morando por dois anos em Nova York, onde trabalha no Escritório Comercial do Brasil e no Consulado Brasileiro.
Em 1947, envia crônicas para serem publicadas em jornais como "Diário Carioca" e "O Jornal", do Rio, que são reproduzidas em vários veículos do Brasil. Começa a produzir os livros "Ponto de Partida" e "Movimentos Simulados" que, apesar de não serem concluídos, serão aproveitados em "O Encontro Marcado".
Depois de voltar ao Brasil no ano seguinte, continua a colaborar com crônicas e artigos para jornais e revistas do país e publica "A Cidade Vazia" e "A Vida Real".
"O Encontro Marcado", uma de suas obras mais conhecidas, é lançada em 1956, ganhando edições até no exterior, além de ser adaptada para o teatro.
Sabino decide, em 1957, viver exclusivamente com escritor e jornalista depois de pedir exoneração do cargo de escrivão. Inicia uma produção diária de crônicas para o "Jornal do Brasil", escrevendo mensalmente também para a revista "Senhor".
Em 1960, o escritor publica o livro "O Homem Nu" na Editora do Autor, fundada por ele, Rubem Braga e Walter Acosta. Publica, em 1962, "A Mulher do Vizinho", que recebe o Prêmio Cinaglia do Pen Club do Brasil.
É contratado, em 1964, durante o governo João Goulart, para exercer as funções de Adido Cultural junto à Embaixada do Brasil em Londres.
Em 1966, faz a cobertura da Copa do Mundo de Futebol para o "Jornal do Brasil". Depois de desfazer a sociedade na Editora do Autor, funda, em 1967, em conjunto com Rubem Braga, a Editora Sabiá, onde publica livros de Vinicius de Moraes, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Clarice Lispector, entre outros.
Entre final dos anos 60 e início dos 70, viaja para diversas partes do mundo como correspondente de veículos brasileiros, produzindo reportagens sobre países como Alemanha, Portugal, Itália, França, Inglaterra, Estados Unidos e Argentina.
Termina o romance "O Grande Mentecapto" em 1979, iniciado mais de 30 anos antes. A obra, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti, acabaria sendo adaptada para o cinema e o teatro anos depois.
Em 1991, lançou o livro "Zélia, uma Paixão", biografia autorizada de Zélia Cardoso de Mello, ministra da Economia do governo Fernando Collor (1990-92), trabalho que o autor se recusava a comentar. Acreditava ter sido vítima de hostilidade por causa dele.
Em julho de 1999, recebe da Academia Brasileira de Letras o prêmio "Machado de Assis" pelo conjunto de sua obra.
Publica em 2004 o romance "Os Movimentos Simulados", da editora Record, totalizando uma produção literária de mais de quatro dezenas de obras em 80 anos de vida.
Um dia antes de completar 81 anos, morre no dia 11 de outubro de 2004 vítima de câncer no fígado. O escritor lutava contra a doença desde 2002.
O corpo de Sabino foi sepultado ao som de canções de jazz, tradicionais em funerais de Nova Orleans (EUA), na manhã do dia 12 de outubro, no cemitério São João Baptista, em Botafogo, zona sul do Rio.
A Última Crônica
Fernando Sabino
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café
junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.
A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou
do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência,
que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao
episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de
esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico,
torno-me simples espectador e perco a noção do essencial.
Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o
verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último
poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar
fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de
sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha
de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas
curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres
esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da
família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam
para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro
que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom,
inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um
pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando
imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta
para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a
reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu
lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho -- um bolo
simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia
triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente.
Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e
filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os
observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta
caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola,
o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto
ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra
com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa.
A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas
e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura --
ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de
bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim,
satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da
celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se
encontram, ele se perturba, constrangido -- vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se
abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura
como esse sorriso.
Texto extraído do livro "A Companheira de Viagem", Editora
do Autor - Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.
Endereços:
http://intervox.ufrj.br/~jobis/s-ult.html
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_976.html
Texto conclusivo
Bom, após a leitura de texto de Fernando Sabino, concluímos que, após a entrada dele num botequim ele começa a refletir sobre suas metas, o que ele deseja em mais um ano de vida, ou seja que gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano na busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um, e fala também que pretende apenas recolher da vida vida diária algo de seu disperso conteúdo, ou seja a cada dia que passa ele pretende extrair, observar, anotar algo do cotidiano de alguém, e nesse texto ele retrata, um ritual muito comum em nosso cotidiano é um ritual que se chama aniversário, onde o aniversariante comemora o dia em que fica mais velho.
O autor Fernando Sabino é detalhista e observador,
Nome: Rafael Nunes numero: 28
Nome:Gabriel numero:9
Nome:Jonhatan Augusto numero:
Nome: ygor numero:34
Nome: maik numero:
Biografia de Moacyr Scliar
Nome: Moacyr Scliar
Nascimento:23/03/1937
Natural: Porto Alegre – RS
"Acredito, sim, em inspiração, não como uma coisa que vem de fora, que "baixa" no escritor, mas simplesmente como o resultado de uma peculiar introspecção que permite ao escritor acessar histórias que já se encontram em embrião no seu próprio inconsciente e que costumam aparecer sob outras formas — o sonho, por exemplo. Mas só inspiração não é suficiente".
Moacyr Jaime Scliar nasceu em Porto Alegre (RS), no Bom Fim, bairro que até hoje reúne a comunidade judaica, a 23 de março de 1937, filho de José e Sara Scliar. Sua mãe, professora primária, foi quem o alfabetizou. Cursou, a partir de 1943, a Escola de Educação e Cultura, daquela cidade, conhecida como Colégio Iídiche. Transferiu-se, em 1948, para o Colégio Rosário, uma escola católica.
Em 1955, passou a cursar a faculdade de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (RS), onde se formou em 1962. Em 1963, inicia sua vida como médico, fazendo residência em clínica médica. Trabalhou junto ao Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência (SAMDU), daquela capital.
Publica seu primeiro livro, “Histórias de um Médico em Formação”, em 1962. A partir daí, não parou mais. São mais de 67 livros abrangendo o romance, a crônica, o conto, a literatura infantil, o ensaio, pelos quais recebeu inúmeros prêmios literários. Sua obra é marcada pelo flerte com o imaginário fantástico e pela investigação da tradição judaico-cristã. Algumas delas foram publicadas na Inglaterra, Rússia, República Tcheca, Eslováquia, Suécia, Noruega, França, Alemanha, Israel,Estados Unidos,Holanda e Espanha e em Portugal, entre outros países.
Em 1965, casa-se com Judith Vivien Oliven.Em1968,publica o livro de contos "O Carnaval dos Animais",que o autor considera de fato sua primeira obra.
Especializa-se no campo da saúde pública como médico sanitarista. Inicia os trabalhos nessa área em 1969.
Em 1970, freqüenta curso de pós-graduação em medicina em Israel, sendo aprovado. Posteriormente, torna-se doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública. Seu filho, Roberto, nasce em 1979.A convite, torna-se professor visitante na Brown University (Departament of Portuguese and Brazilian Studies), em 1993, e na Universidade do Texas, em Austin.Colabora com diversos dos principais meios de comunicação da mídia impressa (Folha de São Paulo e Zero Hora). Alguns de seus textos foram adaptados para o cinema, teatro e tevê.Nos anos de 1993 e 1997, vai aos EUA como professor visitante no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros da Brown University.
Em 31 de julho de 2003 foi eleito, por 35 dos 36 acadêmicos com direito a voto, para a Academia Brasileira de Letras, na cadeira nº 31, ocupada até março de 2003 por Geraldo França de Lima. Tomou posse em 22 de outubro daquele ano, sendo recebido pelo poeta gaúcho Carlos Nejar.
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Os Terroristas
Era um professor duro, exigente e implacável. As provas eram feitas sem aviso prévio.Todos os trabalhos valiam nota e eram corrigidos segundo os critérios mais rigorosos.Resultado:no fim do ano quase todos os alunos estavam à beira da reprovação.As notas que ele anotava cuidadosamente no livro de chamada era as mais baixas possíveis.O que fazer?.Reuniam-se todos os dias no bar em frente ao colégio, para discutir a situação, mas nada lhes ocorria.Até que um deles teve uma idéia brilhante.O livro de chamada.A solução estava ali:tinham de se apossar do livro de chamada e mudar as notas.Um 0 poderia se transformar em 8.Um 1 poderia virar 7 ( ou 10,dependendo do grau de ambição).
O problema era pegar o livro, que o professor não largava nunca, nem mesmo para ir ao banheiro . Aparentemente só uma catástrofe poderia separá-los.
Recorreram,pois, a catástrofe.Um dos alunos telefonou do orelhão em frente ao colégio, avisando que havia um principio de incêndio na casa do professor.Avisado, o pobre homem saiu correndo da sala de aula, deixando sobre a mesa o famigerado livro de presenças.
Acreditareis se eu disser que ninguém tocou no livro?.Ninguém tocou no livro.Os rapazes se olhavam,mas nenhum deles tomou a iniciativa de mudar as notas.Às vezes a consciência pesa mais que a ameaça da reprovação.
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Texto Conclusivo
O texto conta a história de um professor muito rígido que não tinha dó de seus alunos e tudo que ele passava valia nota e esta nota era anotada em seu livro de chamadas, que ele nunca largava.
Até que um dia um dos alunos tiveram uma ótima idéia, pegar o livro do professor. Mas tinha uma coisa: ele nunca largava aquele livro. Até para o banheiro ele levava.
Os alunos se reuniram e combinaram que ia ligar pra o professor falando que sua casa estava pegando fogo,mas ninguém tocou no livro, pois ficaram com a consciência pesada por terem falado aquilo pra o professor .