quinta-feira, 28 de abril de 2011

começando a conhecer: Domingos Pellegrini

Domingos Pellegrini


Biografia de: Domingos Pellegrini


Domingos Pellegrini é escritor, jornalista e publicitário. Aventurou-se também na política, como secretário da Cultura de Londrina, cidade paranaense onde nasceu em 1949. As sementes de sua literatura vêm de longe. Viveu durante toda a infância escutando “causos” contados por mascates, peões da roça, caixeiros, viajantes, enfim, por pessoas de todos os tipos que freqüentavam o salão de barbeiro do seu pai e pensão administrada por sua mãe. Ao lado de muitas literaturas - Domingos disse uma vez que “ gostaria de ter nascido numa biblioteca, ao lado das enciclopédias” -, essas narrativas que marcaram sua infância influenciaram seu trabalho posterior. Tanto que ele mesmo, em vez de escritor, prefere se definir como contador de histórias. Depois de seu primeiro livro, “O Homem Vermelho” (1977), que ganhou o premio de Jabuti, escreveu mais de uma dezena de outros, entre coletâneas de contos, novelas e romances. No conjunto de sua obra, predominam os livros voltados para o publico infanto-juvenil, pelo qual Pellegrini tem um carinho especial. “ A língua com que escreve um livro é basicamente a mesma com que conto um caso para um amigo. Minha meta é escrever como quem fala a uma criança”, resume Pellegrini. Domingos Pellegrini começou a escrever seus livros com 14 anos de idade, quando ganhou de presente uma maquina de escrever do seu pai e agora ele usa um computador. Pellegrini ficou conhecido como o maior escritor do Paraná.


Crônica: Sopa de Macarrão

O filho olha emburrado o prato vazio, o pai pergunta se não está com fome. — Com fome eu to, não to é com vontade de comer comida de velho. Lá da cozinha a mãe diz que decretou ― De-cre-tei! — que ou ele come legumes e verduras, ou vai passar fome. — Não quero filho meu engordando agora para ter problemas de saúde depois. Só quer batata frita e carne, carne e batata frita! Ela vem com a travessa de bifes, o pai tira um, ela senta e tira o outro, o filho continua com o prato vazio. — Nos Estados Unidos — continua ela — um jornalista passou um mês comendo só fastfood, engordou mais de seis quilos! — E como é que ele agüentou um mês só comendo isso?! — perguntou o pai, o filho responde: — Porque é gostoso! — E pega com nojo uma folhinha de alface, põe no prato e fica olhando como se fosse um bicho. A mãe diz que é preciso ao menos experimentar para saber o que é ou não gostoso, e o pai diz que, quando era da idade dele, comia cenoura crua, pepino, manga verde com sal, comia até milho verde cru — E devorava o cozido de legumes da sua avó! E essa alface? Pra comer, é preciso botar na boca.. O filho enfia a alface na boca, mastiga fazendo careta, pega um bife, a mãe pula na cadeira, pega o bife de volta: — Não-senhor! Só com salada pra valer, arroz, feijão, tudo! — Ele continua olhando o prato vazio, até que resmunga: — Se vocês sempre comeram tão bem, como é que acabaram barrigudos assim? O pai diz que isso é da idade, o importante é ter saúde. — E você, se continuar comendo só fritura, carne, doce e refrigerante, na nossa idade vai pesar mais de cem quilos! — No Japão — resmunga ele — podia ser lutador de sumo e ganhar uma nota. — E no Natal — cantarola a mãe — vai ser Papai Noel né? E Rei Momo no carnaval... — Não tripudie — diz o pai. — Ele ainda vai comer de tudo. Quando eu era menino,detestava sopa. Aí um dia minha mãe fez sopa com macarrão de letrinhas, passei a gostar de sopa! O filho pergunta o que é macarrão de letrinhas, o pai explica. Ele põe na boca uma rodela de tomate, o pai e a mãe trocam um vitorioso olhar. O pai faz uma voz doce: — Está descobrindo que salada é gostoso, não está? — Não, peguei tomate para tirar da boca o gosto nojento de alface, mas acabo de descobrir que tomate também é nojento. — Mas catchup você come não é? Pois é feito de tomate! — E ele também não come ovo — emenda a mãe — mas come maionese, que é feita de ovo! O filho continua olhando o prato vazio. — Coma ao menos feijão com arroz — diz o pai. Ele pega uma colher de feijão, outra de arroz dizendo que viu um filme onde num campo de concentração só comiam assim pouquinho, só o suficiente pra sobreviver... Mastiga tristemente, até que o pai lhe bota o bife no prato de novo, mas a mãe retira novamente: — Ou salada ou nada! Sem chantagem sentimental! O pai come dolorosamente, a mãe come furiosamente, o filho olha o prato tristemente. Depois a mãe retira a comida, ele continua olhando a mesa vazia. Na cozinha, o pai sussurra para ela: — Mas ele comeu duas folhas de alface, não pode comer dois pedaços de bife?!... Ela diz que de jeito nenhum, desta vez é pra valer; então o pai vai ler o jornal, mas de passagem pelo filho, pergunta se ele não quer um sanduíche de bife — com salada, claro. Não, diz o filho, só quer saber de uma coisa da tal sopa de letras. O pai se anima: — Pergunte, pergunte! — Você podia escrever o que quisesse com as letras no prato? — Claro! Por que, o que você quer escrever? — Hambúrguer, maionese e catchup. É teimoso que nem o pai, diz a mãe. Teimoso é quem teima comigo, diz o pai. O filho vai para o quarto, só sai na hora da janta: sopa de macarrão. Então, vai escrevendo, e engolindo as palavras: escravidão, carrascos, nojo, e enfim escreve amor, o pai e mãe lacrimejam, mas ele explica: — Ainda não acabei, ta faltando letra pra escrever: amo rosbife com batata frita... Domingos Pellegrini – Crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Salamandra, 2005. P. (210-3.)


O que minha equipe entendeu:


O texto fala sobre a vida de um menino que não gostava de comer verduras e nem legumes, os pais dele faziam de tudo, mas toda vez que eles estavam indo se alimentar ele fazia careta, com isso a mãe dele proibiu ele de ficar comendo coisas gordurosas que só fazem mal a saúde. No entanto a mãe dele resolveu fazer uma sopa de macarrão, e o pai dele concordou, entretanto no começo o menino fez careta mais depois que ele provou ele acabou gostando da sopa, até brincou com as letrinhas de macarrão. O autor escreveu esse texto baseando na nossa realidade, pois ele quis alertar muitas pessoas, que não se alimentam direito. O autor é muito famoso, pois ele põe as suas idéias junto com a realidade, e isso faz com que as pessoas gostem do seu trabalho, e adoram ler os seus livros.


Nomes :

Graziele, Isabela, Maynara, Rafael Guilherme e Tainá

4 comentários:

  1. Daoraa msm,curti bastante e é vdd oq o autor fala,pq se agente ñ se alimentar bem vamos arcar com a consequencias mais tarde.

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  2. Haha Gostei, mas o mlk tem q se alimentar bm señ a ele pod fika duente, a manhê deli só queria ajudar pra eli num te problm no futuro.

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